segunda-feira, 18 de março de 2013

O Fim das Cidades Ou as Cidades sem fim



Se analisarmos o verdadeiro significado das cidades através dos séculos, podemos perceber que esse não só vêm mudando quanto eles possuem o papel de alterar o modo de pensar de toda a sociedade, as cidades em si é o pressuposto das relações sociais e é em seu estudo que podemos definir o que realmente demanda a sociedade contemporânea. As cidades atuais se desprendem das definições tradicionais e as antigas cidades, principalmente as cidades medievais estão sendo incorporadas ao sinônimo de patrimônios.



As cidades na atualidade se concentram na interfase entre os seus antigos significados e os atuais. Para termos melhor noção precisamos entender que as cidades medievais eram firmadas em uma função primordial que seria a absoluta segurança de sua população, o que se explica elas serem cercadas de grandes e densas muralhas, além de seu centro urbano ter uma função bem definida, a de relações socioeconômicas, e assim as cidades eram unas com sua população, pois possuíam apenas um único ponto o qual fazia total comunicação entre a malha urbana. 


As cidades agora se tornaram palco do capitalismo, do centro monetário e do poder político, pois ao se voltar ao passado conseguiu-se perceber que a relação política da sociedade medieval era em sua totalidade desmembrado das grandes cites, o que remete aos palácios e castelos, os fortes, locais próprios aos governantes. 


Em contrapartida podemos citar as grandes metrópoles americanas como Chicago a cidade do México, São Paulo que já foram comprovadas serem grandes centros e representantes do capitalismo e que essa cidade teve seu centro dissociado em subprodutos para atender a essa nova função, apesar dessas cidades serem alvo de um árduo planejamento sejam eles voltados simplesmente de como melhor distribuir a malha urbana, elas se tornam mais ilegíveis que as cidades medievais e há como diferença entre esses dois tipos de cidades é que a medieval é em sua bastante diversificada ao contrário das contemporâneas, pois suas únicas diferenças seriam à mudança nos preços de seus produtos e dos serviços que essas cidades têm a oferecer. 



Esse crescimento descomunal das cidades atuais vem não só devastando os centros das relações sociais, mas também as formas de comunicação entre o espaço urbano e o espaço natural, de modo geral não se sabe se é a cidade que invadiu a natureza ou a natureza invadiu as cidades e é com esses pressupostos que conseguimos perceber e concluir quais as verdadeiras intenções que as cidades nos remetem, quais suas principais dificuldades e como enfim resolvê-los. 


FONTE: GOFF, Le Jacques. Por amor às cidades. São Paulo: Unesp, 1998.

por: Rafael Gonçalves 

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