Se analisarmos o verdadeiro significado das cidades através dos
séculos, podemos perceber que esse não só vêm mudando quanto eles possuem o
papel de alterar o modo de pensar de toda a sociedade, as cidades em si é o
pressuposto das relações sociais e é em seu estudo que podemos definir o que
realmente demanda a sociedade contemporânea. As cidades atuais se desprendem
das definições tradicionais e as antigas cidades, principalmente as cidades
medievais estão sendo incorporadas ao sinônimo de patrimônios.
As cidades na atualidade se concentram na interfase entre os seus
antigos significados e os atuais. Para termos melhor noção precisamos entender
que as cidades medievais eram firmadas em uma função primordial que seria a
absoluta segurança de sua população, o que se explica elas serem cercadas de
grandes e densas muralhas, além de seu centro urbano ter uma função bem
definida, a de relações socioeconômicas, e assim as cidades eram unas com sua
população, pois possuíam apenas um único ponto o qual fazia total comunicação
entre a malha urbana.
As cidades agora se tornaram palco do capitalismo, do centro monetário
e do poder político, pois ao se voltar ao passado conseguiu-se perceber que a
relação política da sociedade medieval era em sua totalidade desmembrado das
grandes cites, o que remete aos palácios
e castelos, os fortes, locais próprios aos governantes.
Em contrapartida podemos citar as grandes metrópoles americanas como
Chicago a cidade do México, São Paulo que já foram comprovadas serem grandes
centros e representantes do capitalismo e que essa cidade teve seu centro
dissociado em subprodutos para atender a essa nova função, apesar dessas
cidades serem alvo de um árduo planejamento sejam eles voltados simplesmente de
como melhor distribuir a malha urbana, elas se tornam mais ilegíveis que as
cidades medievais e há como diferença entre esses dois tipos de cidades é que a
medieval é em sua bastante diversificada ao contrário das contemporâneas, pois
suas únicas diferenças seriam à mudança nos preços de seus produtos e dos
serviços que essas cidades têm a oferecer.
Esse crescimento descomunal das cidades atuais vem não só devastando os
centros das relações sociais, mas também as formas de comunicação entre o
espaço urbano e o espaço natural, de modo geral não se sabe se é a cidade que
invadiu a natureza ou a natureza invadiu as cidades e é com esses pressupostos
que conseguimos perceber e concluir quais as verdadeiras intenções que as
cidades nos remetem, quais suas principais dificuldades e como enfim resolvê-los.
FONTE: GOFF, Le Jacques. Por amor às cidades. São Paulo: Unesp, 1998.
por: Rafael Gonçalves
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